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Eliminação precoce na Copa e troca no comando 

Por FI

Campinas, SP, 31 (AFI) – O 2023 da seleção brasileira feminina serviu para apontar o caminho da renovação para a modalidade no país. Em uma temporada, o Brasil alimentou expectativas, enfrentou antigos algozes, venceu, perdeu, foi eliminado, mas ao final, conseguiu se manter e ainda sonhar com aquilo que é desejado por todos os brasileiros. 

Principal nome do futebol feminino brasileiro, Marta se despediu da Copa do Mundo. A camisa 10 do Brasil esteve em seis edições da competição e acumulou feitos e marcas com a amarelinha. 

Marta jogou a última Copa do Mundo na história (Foto: Thais Magalhães/ – CBF)

Com troca no comando, o Brasil encarou um ano cheio de emoção, principalmente, pela disputa da Copa do Mundo Feminina. Confira agora o resumão desta temporada da seleção brasileira feminina: 

COPA SHEBELIEVES

A seleção brasileira feminina começou o ano oficialmente em fevereiro, quando teve a Copa Shebelieves, o primeiro compromisso da temporada. Com apenas quatro seleções em disputa, a competição serviu como pré-temporada para a Copa do Mundo, que ocorreu em julho.

No pequeno torneio, Brasil, Estados Unidos, Japão e Canadá jogaram entre si em turno único e quem somou mais pontos foi o campeão. Ao final, a seleção estadunidense foi a grande vencedora, pois ganhou todos os três jogos. Na tabela, Japão, Brasil e Canadá terminaram empatados, com três pontos cada. 

O Brasil foi o terceiro colocado com apenas uma vitória, sendo sobre o Japão, por 1 a 0. A seleção brasileira perdeu para o Canadá por 2 a 0, e para os Estados Unidos, por 2 a 1. O comando era ainda de Pia Sundhage.

FINALÍSSIMA FEMININA 

Ainda antes do principal objetivo no ano, que foi a Copa do Mundo Feminina, a seleção enfrentou a Inglaterra na Finalíssima Feminina. No confronto, em campo estavam as campeãs da Conmebol Copa América e da Uefa Eurocopa. 

No jogo, a disputa foi equilibrada e levada para os pênaltis depois do tempo regulamentar, que terminou em 1 a 1. Diante de mais de 83 mil pessoas, a Inglaterra abriu o placar aos 22 minutos, com gol de Ella Toone. O empate brasileiro saiu apenas nos acréscimos do segundo tempo, com gol de Andressa Alves. Nas penalidades, 4 a 2 para as inglesas, mesmo com um pênalti defendido por Lelê. 

Pia Sundhage teve o último ano no comando da seleção (Foto: Thais Magalhães – CBF)

AMISTOSOS FEMININOS

Em abril, a seleção brasileira fez o primeiro amistoso preparatório para a Copa do Mundo Feminina. Contra o time da Alemanha, o Brasil venceu por 2 a 1, mesmo fora de casa. Os gols foram anotados por Tamires e Ary Borges. 

Depois, em julho, o Brasil jogou contra o Chile no Mané Garrincha. Diante da torcida brasileira, a seleção goleou em 4 a 0 as adversárias. Os gols foram de Gabi Nunes, Duda Sampaio, Luana e Geyse. 

Os bons resultados antes do Mundial animaram a seleção e a expectativa para a Copa do Mundo Feminina aumentou sobre o grupo de Pia Sundhage e os torcedores.

COPA DO MUNDO FEMININA

Porém, a alegria durou pouco, ou melhor, até apenas a primeira fase do torneio. O Brasil fez parte do Grupo F ao lado de França, Jamaica e Panamá. A estreia foi a goleada por 4 a 0 sobre a seleção panamense. Com show de bola e pleno domínio, as brasileiras venceram com gols de Bia Zaneratto e hat-trick de Ary Borges. 

Na segunda rodada, o Brasil enfrentou a França, antiga algoz na história da seleção feminina. No jogo, o placar foi mínimo, mas o time de Pia Sundhage perdeu para as francesas por 2 a 1. O único gol brasileiro foi de Debinha, que empatou a partida, mas depois a seleção levou outro das adversárias.

Na terceira e última rodada da primeira fase, o Brasil precisava vencer a Jamaica para se classificar, concorrente direta na outra vaga para a fase seguinte – França já estava praticamente classificada. Mas dentro de campo, o Brasil não correspondeu ao futebol que demonstrou ter potencial e empatou sem gols com as jamaicanas. Ao final, a seleção brasileira terminou no terceiro lugar com quatro pontos e fora das oitavas de final. França e Jamaica avançaram, enquanto o Canadá foi o lanterna do grupo. 

O ruim desempenho foi o estopim para a demissão de Pia Sundhage no comando da seleção brasileira feminina. A treinadora sueca estava desde 2019 como técnica do Brasil. Ao todo foram 53 jogos, com a conquista da Copa América de 2022. 

Arthur Elias é o novo técnico da seleção brasileira feminina (Foto: Fabio Souza – CBF)

AMISTOSOS FEMININOS

Sem calendário oficial após a eliminação precoce na Copa do Mundo, a seleção feminina ainda teve cinco amistosos contra o Canadá, o Japão e a Nicarágua. Mas antes dos jogos, a Confederação Brasileira de Futebol acertou a chegada de Arthur Elias no comando da seleção. O treinador ganhou destaque à frente do principal time no futebol nacional da modalidade nos últimos anos, o Corinthians. 

Em outubro, o Brasil venceu o Canadá por 1 a 0, mas depois perdeu a volta por 2 a 0. Já em novembro, a seleção encarou o Japão e ganhou por 4 a 3, e em dezembro, na segunda partida contra as japonesas, perdeu por 2 a 0. No último jogo do ano, o Brasil goleou a Nicarágua por 4 a 0 e fechou 2023. 

Ao fim desta temporada, o que fica é a expectativa de modernidade, novidade e alegria para a seleção brasileira feminina. 

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