Não era o goleiro talhado para disputar a final de Paulistão


Não era o goleiro talhado para disputar a final de Paulistão

O objetivo aqui é projetar as coisas nos respectivos lugares, e que os pingos sejam colocados nos devidos ‘is’. Mas na final a bola entraria de qualquer jeito…

O pontepretano ter lamentado a perda daquele que foi seu goleiro recentemente, através das redes sociais, foi demais. Não é verdade.

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Por: , 11/04/2023

Ygor Vinhas defendeu quatro pênaltis na fase final do Paulistão (Foto: Divulgação-Água Santa)

Campinas, SP, 10 (AFI ) – A semana rola e serão cravados assuntos sobre o futebol de Campinas, mas por ora cabe sim uma ‘pitada’ sobre mais um título paulista conquistado pelo Palmeiras. Não há quem deixe de reconhecer a conquista irretocável dos palmeirenses. Também não se discute que o Água Santa foi até longe demais, pois sequer montou elenco que o projetasse chegar à final da competição.

Comentário aqui, comentário acolá, e não li, nem ouvi qualquer citação que o goleiro Ygor Vinhas cometeu falhas em gols do Palmeiras. Longe de insinuar que se o Água Santa tivesse outro goleiro na partida a história seria diferente. Do jeito que o Palmeiras estava endiabrado, de uma forma ou de outra a bola entraria. O objetivo aqui é projetar as coisas nos respectivos lugares, e que os pingos sejam colocados nos devidos ‘is’.

RASGADOS ELOGIOS

Ygor Vinhas até praticou algumas defesas consideráveis no primeiro confronto da final, com vitória do Água Santa por 2 a 1, mas daí a pontepretano ter lamentado a perda daquele que foi seu goleiro recentemente, através das redes sociais, foi demais.

Desde os tempos de Ponte Preta esse goleiro não transmitia segurança, e quem se dispuser a analisar com critério os gols sofridos nesta goleada do time de Diadema vai entender melhor. Não se trata de acusá-lo de ter sofrido ‘frangaço’, mas vocês hão de convir que um goleiro de melhor recursos técnicos teria evitado três dos quatro gols.

RECAPITULANDO

Na cobrança de falta do palmeirense Gabriel Menino, com rebote da barreira e nova finalização de Menino, é inconcebível um goleiro de uma finalista querer tirar a bola com os olhos, como fez Ygor Vinhas. Sim, a bola foi chutada no canto, mas o goleiro não estava longe dela. Logo, pelo menos deveria tentar esboçar chegar nela. Golpe de vista é inadmissível em jogo da final.

Pode-se dar o devido desconto no lance do segundo gol, pois cabeçada com bola no chão, novamente de Gabriel Menino, só goleiro no puro reflexo faria defesa. Cá pra nós: soltar aquela bola chutada pelo atacante Rony, e com rebote para o campo de jogo, no pé do garoto Endrick, não é atribuição para goleiro acima da média. O palmeirense explorou a falha e marcou o terceiro gol.

QUARTO GOL

No contra-ataque que deu origem ao quarto gol palmeirense, já no segundo tempo, cabe o reconhecimento sobre a frieza do jogador López para limpar a jogada, puxar a bola para a meia esquerda, antes da finalização, mas o posicionamento de Ygor Vinhas, marcando a sua própria trave, e deixando todo canto oposto livre, não pode ser colocado como postura de goleiro de finalista.

Reafirmo que independentemente de tudo que foi citado o Palmeiras ganharia o jogo e faria a festa de campeão, mas que Vinhas não é goleiro com envergadura para um time finalista, isso ninguém vai conseguir me desmentir.