Qual a cara do Ituano que vem enfrentar o Guarani?
Qual a cara do Ituano que vem enfrentar o Guarani?
Tudo indica que se o Guarani exercer pressão desde o início da partida e construir vantagem, o jogo pode ficar a caráter na sequência.
O homem de todas bolas paradas do ‘Galo de Itu, é Eduardo Person, aquele que já integrou o elenco do Guarani. Agora como homem de organização
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Por: , 26/04/2023
Ituano se defendeu como pode. Foto: Miguel Schincariol – IFC –>
Campinas, SP, 26 – Antes da dissertação sobre a eliminação do Ituano na Copa do Brasil, com a derrota por 1 a 0 para o São Paulo, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, na noite desta terça-feira, uma curiosidade para o bugrino que não acompanhou a partida: o homem de todas bolas paradas do ‘Galo de Itu, apelido carinhoso da agremiação, é Eduardo Person, aquele que já integrou o elenco do Guarani.
E diferentemente daquele segundo volante dos tempos de Campinas, agora ele é o homem da organização, e com acerto nos passes. Bom, o que de fato interessa ao bugrino é saber a cara deste Ituano, que na noite da próxima sexta-feira vem a Campinas?
Esqueça aquela goleada por 3 a 0 que ele sofreu para o Tombense, pois foi resultado fora da curva, um acidente de percurso para quem quis se expor e assim contrariou a suas características de jogar atrás da linha da bola, enquanto visitante.
E pra fechar os espaços do São Paulo até sofrer o gol, aos 18 minutos do segundo tempo, o Ituano colocou em prática uma disciplina tática que muito provavelmente será repetida contra o Guarani: ficar atrás da linha da bola, e tentar alguma coisa de prático nos contra-ataques.
FORA DA ÁREA
Como os espaços rarearam para os são-paulinos penetrarem na defesa do Ituano, incontáveis vezes ocorreram finalizações de fora da área, expediente que o Guarani tem usado e deve ser repetido na sexta-feira.
Neste tipo de chute, o goleiro Jefferson Paulino – outro ex-bugrino -, por vezes rebateu a bola para o seu campo de jogo, o que requer de atacantes ficarem compenetrados nas jogadas, o que não ocorreu com o São Paulo. Neste quesito, o Guarani esteve ligado quando aplicou goleada por 3 a 0 no Ceará, como no gol assinalado pelo meia-atacante Isaque, que aproveitou o rebote.
Goleio Jeferson Paulino foi bem pelo Ituano. Foto: Miguel Schincariol – IFC
FUNDO DO CAMPO
No Ituano, os atacantes de beirada Rafael Cavalheiro e João Victor executam à risca o papel de recomposição, provocando uma dobra de marcação nos lados do campo. O que seria recomendável nesta situação e o São Paulo não fez? Usar o fundo do campo e dali saírem os cruzamentos, mesmo com a sua equipe não contando com o centroavante fixo na área.
O São Paulo adere ao modismo de destro de beirada usar o lado esquerdo do campo para, incontinente, fazer a diagonal e arriscar a finalização. O mesmo se aplica ao canhoto no lado direito, e desta vez o time foi bem-sucedido porque o atacante Wellington Rato pegou forte na bola, em chute rasteiro de fora da área, que Jefferson Paulino não pegou.
VIRADA DE JOGO
Este lance de virada de bola de um lado ao outro do gramado, que originou o gol são-paulino e repetido à exaustão nesta terça-feira, é indicativo para o treinador bugrino Bruno Pivetti colocar em prática na sexta-feira, na busca do espaço descongestionado.
Todavia, quando se enfrenta um time que sabe se fechar e são claras as dificuldades de penetração, o recomendável é fazer a bola chegar quase rente à linha de fundo, e dali sair o cruzamento que geralmente encontra o atacante de frente para a bola e marcadores adversários de lado.
BURACO
Quando o Ituano sofreu o gol e correu atrás do prejuízo, a sua defesa ficou desguarnecida e, por duas ocasiões, o São Paulo se aproximou do goleiro Jefferson Paulino com mais jogadores, porém desperdiçando as chances para ampliar o placar. Isso indica que se o Guarani exercer pressão desde o início da partida e construir vantagem, o jogo pode ficar a caráter na sequência.