É um título para homenagear históricos pontepretanos


É um título para homenagear históricos pontepretanos

Hora de lembrar de ex-presidentes, diretores abnegados, juristas e jornalistas que dedicaram tanto tempo da vida à Ponte Preta.

Recomenda-se citar aqueles que, ao longo da história do clube, tiveram participação ativa para que um dia isso ocorresse: um grande título.

Categorias:

Por: , 09/04/2023

Título esperado desde 1969, ou seja, a 54 anos atrás. Foto: Diego Almeida – AAPP

Campinas, SP, 9 (AFI) – Pontepretanos vivos ou mortos. Neste momento de júbilo do pontepretano, em que incontáveis homenagens são prestadas àqueles que direta ou indiretamente tiveram parcela de contribuição para a conquista do tão almejado título do recomenda-se citar aqueles que, ao longo da história do clube, tiveram participação ativa para que um dia isso ocorresse.

Alguns vivos ainda se congratulam com a nação pontepretana, entre eles os octogenários Zaiman de Brito Franco, jornalista, ex-presidente Lauro Moraes Filho, ainda administrando a Casa Lord, a sua loja decalçados, e Peri Chaib.

Jogadores levantam troféu de campeão.

SAUDOSOS

Em outro plano espiritual, quiçá com capacidade para visualizar esta incontida emoção pontepretana, estão vários daqueles que, em cargos diretivos e voluntariamente, prestaram contribuição ao clube.

Sérgio José Abdalla assumiu a presidência da Ponte Preta em 1969, aparentemente sem perspectivas, e a conduziu ao acesso à Divisão Principal do Paulista. Morreu esquecido, como um dos ex-dirigentes injustiçados no clube. Na presidência do Conselho Deliberativo estiveram, entre outros, Alduíno Zini, que também foi vereador em Campinas.

O falante Ayrton José do Couto, com seu cigarro de palha, foi respeitadíssimo quer entre conselheiros da Ponte Preta, quer na presidência da Liga Campineira de Futebol, pelo seu espírito também varzeano.

Como não lembrar de Elysio Ferreira Linhares, que já sexagenário jogava bola com a gente no campinho da Acec? Esquecer do dentista e historiador Sérgio Rossi seria imperdoável.

Ligados diretamente ao rádio campineiro, mas com raízes pontepretanas, foram Sérgio José Salvucci, que me lançou em transmissões de futebol na Rádio Brasil-Campinas, e Antonio de Pádua Palhares, coordenador de esportes da antiga Rádio Cultura-Campinas, assim como o jornalista Walter Bellenzani do Correio Popular, que ocupou cargo diretivo na Ponte Preta.

Os relevantes serviços jurídicos graciosamente prestados pelo advogado Marcelo de Carvalho Alencar serão sempre lembrados, assim como a capacidade de persuasão de Celso Siqueira de Camargo e ‘olho clínico’ de Carlos de Carvalho – o Carlão Perna de Pau -, a procura de descoberta de talentos para o elenco.

DIRETORES DE FUTEBOL

Entre todos aqueles que ocuparam cargo de diretor de futebol da Ponte Preta, ninguém se ombreou ao advogado Pedro Antonio Chaib, o Peri, campeão de 1969 e vivo para compartilhar a vibração com torcedores.

Sem demérito aos demais, Peri diagnosticava com rapidez malandragem de atleta fora de campo, e habilmente sabia contornar situações. Como o centroavante Djair era imprescindível na campanha do título de 1969, mas gostava de ‘quebrar a noite’, Peri tinha a receita exata para conciliar aquela situação. Escalava um voluntário para levá-lo aos bares da vida, no final da tarde, e programava para que fosse buscá-lo no máximo até uma hora da madrugada.

Pronto. Djair, quase nocauteado pela bebida, roncava a noite inteira, mas preparado para a empreitada de treinos após o amanhecer. Com bola rolando, nem renomados treinadores davam drible em Peri, que como atleta dos bons que foi, na várzea campineira, sabia discutir com cada um em nível de igualdade.

Outros diretores de futebol que deixaram a sua marca no clube foram Luiz Antonio Campagnone, Riograndino de Miranda Barbosa, Gilberto Jacobucci e Armando Mendonça, todos já falecidos.

Quis o amado Deus que eu tivesse convivência com todos os citados na minha trajetória jornalística. 

Confira também: