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Ministério do Esporte lança movimento contra a violência no futebol

Por FI

Na noite desta terça-feira (5), durante a partida entre Esporte Clube Bahia e São Paulo Futebol Clube, o setor Sudoeste da Arena Fonte Nova trará uma imagem impactante: 384 cadeiras vazias cobertas com camisas de clubes de todo o Brasil.

Essas cadeiras representam as consequências da violência nos estádios: torcedores deixam de frequentar jogos por medo, clubes são obrigados a jogar com portões fechados, e, tragicamente, há a perda de vidas.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃO

A iniciativa faz parte do lançamento da campanha Cadeiras Vazias e do Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol, conduzido pelo Ministério do Esporte em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) e principais clubes do país, visando à promoção de um ambiente seguro e pacífico nos estádios.

A campanha aborda tanto a violência extrema, que resulta em mortes, quanto outras formas graves de agressão, como racismo, homofobia, xenofobia, violência contra a mulher e intolerância religiosa, que afastam o público e diminuem o encanto pelo futebol – um dos pilares da cultura nacional.

As 384 cadeiras simbolizam as vítimas fatais do futebol brasileiro entre 1993 e 2023, conforme levantamento do jornalista Rodrigo Vessoni.

“O objetivo é que o futebol e o esporte, em geral, sejam espaços de união e não de violência. Queremos que a paz ocupe os estádios e que todos possam torcer com segurança. A mudança de cultura é feita com diálogo e ações que mostrem o impacto real da violência,” afirma André Fufuca, ministro do Esporte.

Durante o evento, atletas e torcedores dos dois clubes participarão de atividades de conscientização, reforçando a mensagem de que todos – autoridades, sociedade civil e clubes – têm papel crucial na construção de um ambiente seguro no futebol.

O CEO do Esporte Clube Bahia, Raul Aguirre, endossa a iniciativa: “O estádio é um espaço de boas memórias. Queremos que o futebol volte a proporcionar essa experiência completa para as famílias.” Já Julio Casares, presidente do São Paulo Futebol Clube, reforça: “Precisamos saber torcer, respeitar o adversário. Ações como essa são essenciais para o futuro do futebol e da sociedade.”

FAMÍLIA DAS VÍTIMAS

Parentes de algumas vítimas da violência nos estádios estarão presentes na Fonte Nova para o ato simbólico pela paz. Entre eles, Ettore Marchiano, pai de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras morta em 2023, e Mikaelly Belinasi, irmã de Sergio Henrique, santista morto em 2020. Também estará Tiago Valdevino, tio de Paulo Ricardo da Silva, torcedor do Sport, assassinado em 2014.

“É essa campanha, mostrando as sequelas da violência, que nos dá esperança de que as vítimas não sejam esquecidas,” afirma Tiago Valdevino.

NAS REDES

A partir de quinta-feira (7), a campanha Cadeiras Vazias ganhará força nas redes sociais com conteúdos promovidos por atletas, clubes e influenciadores, usando as hashtags #OcupaçãoPelaPaz e #PazNoFutebol. Vídeos emocionantes, com depoimentos de familiares e informações sobre a violência no futebol, integrarão o movimento digital pela paz nos estádios.

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